segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

NEGÓCIO DA CHINA! ENTENDA DE ONDE VEM A GRANA DO FUTEBOL CHINÊS


EMPREITEIRAS INVESTEM EM CLUBES PARA OBTER PRESTÍGIO E VANTAGENS DO GOVERNO.

O oriente tem sido o caminho das estrelas do futebol brasileiro.Mas por que a China resolveu despejar dinheiro no futebol? A resposta passa longe do ambiente das quatro linhas.

Os 16 clubes da primeira divisão chinesa são controlados por empresas. Mesmo que o crescimento recente do esporte tenha aumentado receitas, oferecer salários milionários aos jogadores traria prejuízo às corporações. A relação só é vantajosa porque vai muito além do jogo.

O governo entrou em campo para transformar o futebol em um bom negócio. Quem participa das transações aponta Wu Bangguo, ex-presidente da Assembleia Popular Nacional, principal órgão legislativo do país, como responsável pela virada.

Apaixonado por futebol, ele teria influenciado a garantia de incentivos governamentais para alavancar o esporte. Em 2013, o presidente Xi Jinping afirmou que sonhava com o crescimento do futebol na China. As empreiteiras que investem em clubes passaram a ganhar áreas públicas para novas construções. Quem não quer terrenos vai em busca de prestígio político.

O Guangzhou Evergrande, principal clube do país, é um símbolo do modelo. Rebaixado após envolvimento em um mega-escândalo de manipulação de resultados, foi comprado, ainda na segunda divisão, pela construtora Evergrande, do bilionário Xu Jiayin, o quinto homem mais rico da China.

As contratações se acumularam. Muriqui, ex-Vasco e Avaí, foi o primeiro. Marcelo Lippi, técnico campeão do mundo com a Itália em 2006, ficou até o ano passado, e hoje a equipe é comandada por Luis Felipe Scolari ( Felipão). Para contar com Ricardo Goulart e o volante Paulinho principais contratações para 2015, o atual pentacampeão chinês investiu 30 milhões de euros (cerca de R$ 130 milhões de reais).

As estrelas fizeram o interesse pelo futebol crescer. Em um país que tem o tênis de mesa como paixão nacional, a bola grande ganhou espaço e a Superliga Chinesa saltou a média de público de 18.986 em 2014 para 22.193 em 2015. A média do campeonato brasileiro 2015 foi de 17.051 mil pessoas.

Ainda assim, a motivação principal dos jogadores para a aventura chinesa é financeira. Os técnicos da Seleção Brasileira ignoram quem escolhe a China. O destino também não serve como ponte para chegar à Europa.

Enquanto não há ponte entre os chineses e o Velho Continente, eles depositam seus milhões para tirar os craques daqui.

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